sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Eu o amava

Eu o amava...
Mas ele não estava nem ai pra mim...
O amava tanto que nada que ele fazia passava despercebido por meus olhos..
Então mandei meus olhos arrancar.
Só que eu o podia escutar...
Então mandei meus ouvidos surdear.
Ainda sim, podia sentir sua presença, sua doce alma vindo em minha direção, eu tinha percepção.
Mandei meu coração arrancar.
Mesmo depois de me destruir completamente, eu tinha memória, ainda... e pensei em todos os momentos perto dele... Isso me fez mal, me fez não ter outra escolha se não a última opção desesperada em busca de ficar em paz. A morte.
Hoje estou morta, depois de ter eu mesma provocado meu óbito. Estou num mundo onde ninguém pode me ver, ninguém pode me sentir, ou simplesmente ouvir... Era isso que, realmente eu queria? Acabar com minha própria vida por um amor sutil? Que tola. Agora sim, eu sei, que ele não está em paz. Mas e isso muda alguma coisa? Fez alguma diferença para ele, quanto para mim? A resposta óbvia seria: não, nenhuma.
A moral disso seria: se você ama ver ele, ama ouvir sua voz, ama sentir sua presença e ele não dá a mínima a você... não mande arrancar ou destruir nada em você, afinal, de que adianta um amor não correspondido se tornar um óbito finito?

Nenhum comentário:

Postar um comentário